“Um
cidadão tcheco foi preso ao tentar embarcar em um avião no Aeroporto
Internacional de Buenos Aires com centenas de cobras venenosas e répteis
ameaçados de extinção escondidos dentro de sua bagagem.
Karel
Abelovsky, de 51 anos, tinha em suas malas 247 animais escondidos dentro de
sacos e até meias. Cada um dos recipientes trazia rótulos em latim com o nome
científico das diferentes espécies.
Abelovsky
foi pego depois que sua bagagem passou pelo exame de raios X e funcionários
viram sua mala se mexendo. Ele tentava embarcar em um vôo com destino à
Espanha.
Em
entrevista à agência Associated Press, um oficial de justiça argentino afirmou
que ‘os funcionários do aeroporto não acreditaram quando viram o movimento
dentro da mala’.
Fauna rara – Entre os animais estavam insetos, aranhas,
lagartos, cobras venenosas, lesmas e caracóis provenientes do Brasil,
Argentina, México e Paraguai.
Muitos
deles estão protegidos pela Convenção sobre o Comércio Internacional das
Espécies da Fauna e da Flora Silvestres Ameaçadas de Extinção.
Alguns
dos animais foram encontrados mortos, provavelmente sufocados devido à escassez
de oxigênio.
Após a
apreensão, parte dos animais foi levada para o Zoológico de Buenos Aires,
enquanto que as cobras venenosas foram enviadas para o Instituto Nacional de
Saúde da Argentina, onde são preparados antídotos utilizando veneno extraído de
cobras.
Abelovsky
foi solto após pagar uma fiança de US$ 2,5 mil (cerca de R$ 4,6 mil), mas pode
enfrentar uma pena de 10 anos de prisão se for condenado.“
Esta noticia
teve grande destaque nas listas de discussão especializadas em moluscos no
Brasil, o que motivou o argentino Daniel
Forcelli, participante do Project "Avulsos Malacológicos - AM", a
fazer um significativo esclarecimento. De acordo com Daniel houve um erro do
primeiro fiscal que identificou apressadamente, o espécime de molusco, como Achatina fulica, brasileiro, baseando-se apenas no seu avantajado
tamanho. Logo em seguida, outro funcionário, que conhecia o gênero Megalobulimus,
corrigiu o erro. Na opinião de Forcelli, o erro ocorreu porque o caracol deveria, na verdade, ter sido registrado como “desconhecido” e na pressa em
publicar o artigo, os jornalistas presentes publicaram a primeira informação, portanto, a equivocada.
Para os
organizadores da Campanha ALIANÇA PELA VIDA em favor do aproveitamento do
Africano e pela preservação dos moluscos nativos no Brasil, esta associação automática
entre estas duas espécies, o Megalobulimus e o Achatina,
nada mais é do que um dos reflexos das famigeradas e criminosas campanhas públicas
institucionais brasileiras, que vêm arraigando na população, ainda hoje, com o
auxílio da ingênua imprensa brasileira, o que se convencionou chamar de malacofobia,
constituindo-se numa grave ameaça a malacofauna nativa de uma maneira
geral. No Brasil, além do Megalobulimus
outros gêneros nativos de grande porte, como o Thaumastus, Drymaeus, Orthalicus,
Auris, entre outros, vêm sendo largamente exterminados, por conta das
informações preconceituosas que vem sendo difundidas em todo o país.
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