Monday, February 7, 2011

PROJETO DR. ESCARGOT NAS ESCOLAS: Ensinando e Aprendendo.


Prof. a Dr. a Maria de Fatima Martins. Responsavel técnica Heliciario Experimental FMVZ-USP.Priscila Prado. Academica em Engenharia de Alimentos e bolsista de Cultura Extensao do projeto Zooterapia com Idosos FMVZ-USP

A zooterapia, ainda é pouco conhecida no meio cientifico e muitas vezes é confundida com lazer e recreação. No entanto, estudar a interação do ser humano com o animal suscita principalmente em crianças que ainda são desprovidas de preconceito uma forma diferente de aprender através dos animais. Atuar com um animal diferente do cotidiano, como o escargot, foi algo desafiante para nós e também para toda a equipe. A relação de amizade com o molusco escargot foi algo que chamou a nossa atenção devido a rápida e fácil interação; sendo que o mesmo já não ocorreu com os idosos, que viram no animal uma fonte de doenças, medo, receio e até um certo nojo.
A sensação de ambigüidade transmitida por este animal significou um desafio em nossos estudos, porém importantíssimo na autoconstrução de conhecimentos e valores. Pesquisar escargots, de diferentes formas tem possibilitado, ainda, inúmeros estágios, a professores do ensino fundamental e médio, a estudantes de diferentes formações, tais como, engenheiros de alimentos, biólogos, veterinários, zootecnistas, pedagogos, psicólogos, enfermeiros, entre outros. Os envolvidos reconhecem a necessidade de conhecer e explorar a interação do ser humano com o animal dito exótico, como o escargot. E tem no mesmo um instrumento valioso para pesquisar na educação e na saúde, sendo um trabalho que exige muita criatividade, dedicação, conhecimento, apontando as barreiras e gratificações.
Fazer uso da zooterapia em escolas, asilos e hospitais tem possibilitado buscar novos conhecimentos, aprofundar o ensino teórico prático da medicina veterinária e também de outras ciências para trabalhar através dos animais na educação para a saúde. A zooterapia tem permitido aos nossos alunos graduandos e pós-graduandos o autoconhecimento, aprender a ouvir, o momento correto de falar, a aproximação e a interação com os animais e com as pessoas e acima de tudo, o respeito a todas as formas de vida.
Dessa forma, percebemos como a zooterapia favorece o crescimento pessoal e desenvolvimento de uma educação humanitária para os nossos alunos tendo nos animais, principalmente no escargot,uma perspectiva lúcida, facilitando um processo de ensino aprendizagem na formação de acadêmicos, crianças e idosos, institucionalizados ou não.
A experiência de utilzar escargot nas escolas ou asilos, tem se mostrado fecunda. E um meio de se alcançar objetivos educacionais e terapêuticos que podem vir a contribuir para melhoria e bem estar de todos os envolvidos.
Através do respeito a um animal exótico como o escargot, que tem possibilitado ensinar e aprender de forma inovadora seja com crianças, idosos ou acadêmicos. Concluimos que e tempo de educar humanizando, e tempo de incluir os belos ou feios animais e humanos, aqueles com ou sem necessidades especiais, conclamando os educadores e cientistas a pensarem alternativas que exprimam um gesto carinhoso de inclusão social. Esperamos que nossa equipe possa, através da zooterapia, fazer pela criança ou idoso asilado ou desamparado ao Leo, discriminado, entregue aos azares do imprevisto ou da genética, no ambiente do heliciario ou fora dele o embasamento de ensino, pesquisa e extensão que se transforme em terreno adequado para edificação de uma universidade mais nobre e mais justa.

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